De 2001 a 2009 – Cooperação entre Riksföreningen Autism (RFA), SHIA e AMA – Associação de Amigos do Autista, São Paulo, Brasil
Por: Carina Pettersson
O objetivo geral do projeto era dar suporte à AMA e ajudá-la a ampliar o conhecimento e a consciência no Brasil sobre pessoas com autismo e suas necessidades. Durante toda a duração do projeto, consultores e especialistas da Suécia visitaram a AMA, São Paulo, para ensinar e supervisionar o desenvolvimento da educação especial, do ensino da comunicação e da educação dos pais. A equipe da AMA também visitou a Suécia para aprender sobre atividades na Suécia para pessoas com autismo. Eles também visitaram Sunne, um lugar na Suécia onde o centro educacional da RFA, a associação sueca de autismo, realiza treinamentos para a equipe que trabalha com pessoas com autismo. A colaboração entre a AMA e a RFA foi muito próspera durante os anos do projeto. O compartilhamento de experiências foi importante para ambas as partes. A cooperação foi iniciada por Claudia Chaves Martins e Inger Nilsson e a equipe do projeto da RFA era constituída por Lena Andersson, Eva Nordin-Olson e eu, Carina Pettersson.
Foi com muita tristeza que o projeto foi encerrado depois de 2009, pois a SHIA não apoiava mais o Brasil como país do programa e a RFA não tinha meios financeiros para continuar a cooperação.
A conexão e colaboração entre AMA São Paulo e Suécia
Por: Inger Nilsson
O projeto iniciou-se em 1994 através de uma assistente social brasileira, Claudia Chaves Martins, que havia se mudado para Estocolmo e lá trabalhava com pessoas com autismo.
Um curso que eu ministrava na época, sobre estratégias educacionais para pessoas com autismo a incentivou a querer compartilhar o conhecimento do autismo na Suécia com seu país de origem.
Ela e eu fomos a São Paulo em 1994 e continuamos visitando a AMA por vários anos, dando cursos e ministrando conferências para pais e profissionais.
Descobrimos que o trabalho era excelente, mas que a maioria das crianças e adultos com autismo carecia de provisão adequada no Brasil.
Para a AMA, a principal preocupação, naquele momento, não era a qualidade do trabalho, mas o financiamento, a igualdade de direitos à educação gratuita para todas as crianças, o apoio às famílias, e também a constatação de que o conhecimento sobre o autismo na sociedade precisava ser desenvolvido.
Entre outras coisas, naquela época, as famílias tinham que pagar pela escola.
As conferências foram uma forma pequena e insuficiente, de contribuir financeiramente para apoiar a escola, as residências e o centro educacional da AMA.
Em 1999 conseguimos fundos para convidar Ana Maria, Marisa e Marli para viram à Suécia. Mas era necessária uma colaboração em maior escala.
Para descobrir quais eram as possibilidades, começamos uma associação de amigos, a Amigos da AMA na Suécia.
Wen, um amigo nosso, descobriu que uma opção era tentar iniciar um projeto com a organização de ajuda internacional sueca, a SHIA, financiada com dinheiro do governo sueco.
Juntamente com a National Swedish Autism Society, solicitamos um projeto e tivemos a sorte de obtê-lo em 1999. Este projeto conjunto, descrito em outros lugares, durou 9 anos. Além disso, meu marido e eu tentamos obter apoio de empresas, o que era difícil.
Através da nossa associação de amizades tivemos a oportunidade de envolver a rainha da Suécia, Silvia, que recebeu pessoas da AMA em Estocolmo, ficou impressionada com o seu trabalho e se interessou pessoalmente por ele. Isso também resultou em apoio financeiro através de um de seus fundos.
Aguarde mais capítulos que serão publicados aqui até o aniversário de 42 anos da AMA, em 08-08-2025.